Gangue da bicicleta ataca no Ipiranga
segunda-feira, 9 de maio de 2011Uma série de assaltos tem preocupado alunos e funcionários das escolas da região do bairro Ipiranga, zona sul de São Paulo. Os ataques são sempre da mesma forma. Os criminosos são adolescentes e atuam de bicicletas, nem sempre estão armados e agem durante o dia.
Eles aproveitam a distração das vítimas e levam celulares, aparelhos de MP3 e dinheiro. As escolas da região têm pedido reforço da Ronda Escolar da Polícia Militar na hora da saída. Em abril um suspeito foi preso, mas como não foi feito flagrante, ele foi entregue aos pais na delegacia.
O JT esteve essa semana na região e confirmou ataques a alunos de quatro escolas no Ipiranga: Sesi, Colégio São José, Colégio Objetivo e Escola Estadual Seminário Nossa Senhora da Glória. Essas unidades ficam num quadrilátero entre a Avenida Nazaré e as Ruas Agostinho Gomes, Sorocabanos e Moreira de Godói, onde também há outros colégios.
De acordo com uma funcionária do Sesi, que não quis se identificar, desde o início do ano aconteceram mais de dez ataques, relatados pelos alunos. “Em um dos casos a vítima saiu correndo atrás do ladrão e outros alunos foram ajudá-lo. É muito perigoso. Naquela ocasião eles chegaram a enfrentar o ladrão, que conseguiu fugir”, disse.
Alunos do Colégio São José, que fica na Rua Agostinho Gomes, também já foram vítimas dos ataques. “Eu estava andando sozinha depois da aula quando fui abordada por um garoto de bicicleta. Ele levou meu celular, pulseira e corrente”, disse uma estudante de 14 anos.
Seu colega, de 15, aluno da 9ª série, disse que já presenciou amigos do Colégio Objetivo sendo atacados. Eles estavam em três rapazes e jogaram o meu colega no chão. Conseguiram levar seu celular. Uma amiga aqui do colégio teve o tênis roubado”, relatou.
O presidente do Conselho de Segurança do Ipiranga (Conseg), Sérgio Yamada, disse que na reunião da entidade, em março, comerciantes e funcionários de escolas relataram o problema para a PM e Polícia Civil e pediram o reforço policial na região. “Mas são muitas escolas, eles não conseguem estar em todos os lugares todo tempo. A Secretaria de Educação e as escolas particulares precisam reforçar a segurança para acompanhar a saída e entrada dos alunos”, recomendou.
A direção do Sesi disse que pediu reforço da Ronda Escolar após a filha de uma funcionária ter sido atacada nas imediações do colégio. O mesmo foi feito pelo coordenador geral do Colégio Objetivo, Sérgio Marques. “Nosso aluno foi atacado quando chegava para a aula”, relatou.
Já a Secretaria Estadual da Educação disse que não registrou nenhum caso nas escolas da região, mas que o procedimento padrão também é acionar a Ronda Escolar. Até o fechamento desta edição, o Colégio São José não respondeu sobre o tema.
Fonte: Jornal da Tarde
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